segunda-feira, 21 de abril de 2014

Velejada Pascal - Apresentando a Vela


Logo na saída Cesar passou o leme a Gerard

         Antes de chegarmos ao barco uma chuvinha intermitente. Um sueste soprava em boa dose, de 12 a 15 nós. Limpamos o barco para receber os convidados ilustres que vieram da serra gaúcha para velejar pela primeira vez, Kaila e Gerard. Para capitanear a embarcação; Dom Cesar.

         A responsabilidade é muito grande. Como se sentiriam nossos convidados em seu debut à vela?

         O sueste atinge nosso barco pela popa no lugar onde ele fica atracado, à nossa proa temos a praia, então é preciso sair a motor, engrenando a ré; contra o vento.

         A vela da frente, a buja, estava devidamente estivada no convés, pronta para ser içada. Quando estávamos no meio do canal do Iriri, Cesar desligou o motor. Içamos a buja com amuras a bombordo numa popa rasa. Seguimos assim até a Ponta das Galinhas, extremidade do Capri, onde fizemos um bordo, aproando em direção ao canal principal da Baía Babitonga. Uma vez na Babitonga seguimos num través. Como o mar estava abrigado pelos morros e terra, tínhamos uma condição estupenda; quase um tapete. Dom Cesar, sabiamente, pensando na tripulação de primeiro curso, resolveu utilizar somente a vela de proa visando a estabilidade da embarcação e, consequentemente, o conforto a bordo.

         Segundo explicações de Cesar, a vela Mestra é mais potente; é a mola propulsora do barco. A Buja tem menor área e é muito mais maleável; versátil. Tínhamos uma condição eólica perfeita, não havendo, nesse passeio, a necessidade da vela principal, ou seja, a Mestra. A utilização das novas velas aumentaria excessivamente a inclinação lateral do barco (adernamento); algo indesejável, visto que nossos novos tripulantes faziam seu debut. É claro que a utilização das duas velas naquela situação aumentaria nosso desempenho, porém, tornaria a navegação desconfortável.





Os sorrisos caracterizam bem o clima a bordo

         Foi uma velejada confortabilíssima com exclamações entusiásticas durante todo o trajeto. Acredito que eles melhor descreverão sobre as sensações que tiveram a bordo de nosso simpático barquinho.

         Na volta, quase na entrada do canal, o vento apertou, então Kaila e Gerard ajudaram a recolher o pano, ligamos o motor e fizemos o retorno.

         É com a sensação de coração limpo de quem volta do mar realizado é que nos despedimos desejando ótimos ventos e velejadas.

         Abraços desde a Babitonga!


3 comentários:

  1. Na Páscoa, no Natal, no Carnaval....não importa o dia, se útil, ou feriado....o que importa é velejar e aproveitar tudo que o sol, o mar e a natureza nos contempla!! Parabéns a todos!!
    ricardo stark

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  2. Obrigado colegas da Vela, é sempre muito bom poder compartilhar desse prazer com pessoas que nunca tiveram a oportunidade. Bons Ventos Comandantes!

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