Logo na saída Cesar
passou o leme a Gerard
Antes de chegarmos ao barco uma
chuvinha intermitente. Um sueste soprava em boa dose, de 12 a 15 nós. Limpamos
o barco para receber os convidados ilustres que vieram da serra gaúcha para
velejar pela primeira vez, Kaila e Gerard. Para capitanear a embarcação; Dom
Cesar.
A responsabilidade é muito grande. Como
se sentiriam nossos convidados em seu debut
à vela?
O sueste atinge nosso barco pela popa
no lugar onde ele fica atracado, à nossa proa temos a praia, então é preciso
sair a motor, engrenando a ré; contra o vento.
A vela da frente, a buja, estava
devidamente estivada no convés, pronta para ser içada. Quando estávamos no meio
do canal do Iriri, Cesar desligou o motor. Içamos a buja com amuras a bombordo numa popa rasa. Seguimos assim até a Ponta das Galinhas, extremidade do Capri,
onde fizemos um bordo, aproando em direção ao canal principal da Baía
Babitonga. Uma vez na Babitonga seguimos num través. Como o mar estava abrigado
pelos morros e terra, tínhamos uma condição estupenda; quase um tapete. Dom
Cesar, sabiamente, pensando na tripulação de primeiro curso, resolveu utilizar
somente a vela de proa visando a estabilidade da embarcação e,
consequentemente, o conforto a bordo.
Segundo explicações de Cesar, a vela Mestra
é mais potente; é a mola propulsora do barco. A Buja tem menor área e é muito
mais maleável; versátil. Tínhamos uma condição eólica perfeita, não havendo,
nesse passeio, a necessidade da vela principal, ou seja, a Mestra. A utilização
das novas velas aumentaria excessivamente a inclinação lateral do barco
(adernamento); algo indesejável, visto que nossos novos tripulantes faziam seu debut. É claro que a utilização das duas
velas naquela situação aumentaria nosso desempenho, porém, tornaria a navegação
desconfortável.
Os sorrisos caracterizam bem o clima a bordo
Foi uma velejada confortabilíssima com
exclamações entusiásticas durante todo o trajeto. Acredito que eles melhor
descreverão sobre as sensações que tiveram a bordo de nosso simpático
barquinho.
Na volta, quase na entrada do canal, o
vento apertou, então Kaila e Gerard ajudaram a recolher o pano, ligamos o motor
e fizemos o retorno.
É com a sensação de coração limpo de
quem volta do mar realizado é que nos despedimos desejando ótimos ventos e
velejadas.
Abraços desde a Babitonga!
Na Páscoa, no Natal, no Carnaval....não importa o dia, se útil, ou feriado....o que importa é velejar e aproveitar tudo que o sol, o mar e a natureza nos contempla!! Parabéns a todos!!
ResponderExcluirricardo stark
Muito bom...
ResponderExcluirObrigado colegas da Vela, é sempre muito bom poder compartilhar desse prazer com pessoas que nunca tiveram a oportunidade. Bons Ventos Comandantes!
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