Esses
dias intimei a Almiranta à uma saída sem as crianças. Depois da última velejada, que ela tirou de letra, acabou topando. Antes de embarcarmos ficamos
um pouco apreensivos, coisa natural antes da primeira velejada. Na outra vez
que saí sozinho, o motor ainda não tinha sido apresentado ao Cesar, quem acompanha o blog já leu essa história por aqui.
Tão
logo embarcamos liguei o motor, como já peguei o jeito, na primeira puxada ele
funcionou, o bichinho está tinindo!
Deixei-o ligado por poucos minutos até atingir a temperatura de trabalho.
Enquanto isso iniciamos as fainas de preparação, vela (buja) devidamente
posicionada para uso imediato, e soltar as amarras da melhor forma, evitando
riscar o costado do barco ou até batê-lo no cais. A vantagem de um barco como o
nosso é que podemos, com tempo bom, manuseá-lo com as mãos de cima do cais, ele
é leve. Tudo pronto, saímos no motor pelo Canal do Iriri, lar do nosso
barquinho.
A
Luciane, empolgada, bateu várias fotos enquanto eu conduzia através do canal
até a Ponta das Galinhas. Chegando lá notamos a correnteza que causava grande
turbulência. Era a maré subindo com bastante força se fazendo notar até nas
boias que demarcam a passagem, ficando bem esticadas e inclinadas por conta da
quantidade d’água que adentrava a baía.
Ponta das Galinhas ou seria dos Biguás?
Esperei
a passagem pelas boias para poder içar nossa vela, então a Luciane ficou no
leme com o motor ainda engrenado avante. O vento vinha pela nossa proa,
nordeste/leste. Subi a buja e a regulei, como ainda não tínhamos acertado o
barco no vento, ela panejou um pouco. Quando conseguimos encaixá-lo no vento
notamos que dada a correnteza o que ganhávamos no pano, perdíamos na água. Por alguns minutos ficamos ali,
ganhando lá perdendo cá, e com muita parcimônia nos deslocamos para dentro da
baía. Então a Luciane, achou que já estava bom, com receio de irmos muito
longe, me deu um sinal para voltarmos. Entendi que para primeira vez já estava
de bom tamanho, ela estava certa, devo reconhecer (ela sempre está em 99% das
vezes). Respeitando nossa experiência, baixei e estivei a vela no convés, engatei
avante e fizemos o retorno. A maré enchia e com ela seguimos retornando sem
muito esforço.
Felizes,
retornávamos radiantes da nossa primeira experiência sozinhos. Pudemos sentir
como é estar no controle por nossa conta e risco. Satisfação poder atracar
depois de cumprida essa singela navegada.
Indiretamente
Dom Cesar embarcou conosco, pois sua paciência e colaboração na manutenção do
nosso pequeno motor foi simplesmente crucial nesse nosso debut. Com segurança concretizou-se a primeira experiência. Devo
gratidão ao nosso professor que pode nos auxiliar mais uma vez nesse imenso
caminho e aprendizado que o Mar pode nos proporcionar, OBRIGADO!
É
com essas palavras que finalizamos mais uma vez essa postagem nesse blog que
nos dá muito prazer em sua feitura e orgulho quando notamos que encontramos eco
nos corações de muitas pessoas que sentem necessidade de simplificar suas
vidas, pois as emoções genuínas são assim, simples, leves e puras.
Bons Ventos desde a
Babitonga!
No
retorno, a realização
Relaxa pessoal, a primeira vez é sempre difícil!! kkkk Mas, falando sério, vocês têm que treinar essas saídas a dois e inclusive deixar a Luciane levar o Hoje, sozinha. Aí, um dia, deixa ela jogar o ferro, ligar e desligar o motor, subir e descer a vela, buscar a cerveja, etc...e respeitar os limites de cada um, barco, cmte., tripulação, vento e mar. A Maria outro dia vomitou muito. Quando vi que não iria parar, voltei na hora....faz parte ....
ResponderExcluirabraço!!
[risos!] O senhor está de gozação, imagina, até buscar cerveja! [risos!] Falando sério, mareou aí, se possível, melhor mesmo é voltar. Ótima decisão Cmte.
ExcluirAbraços da nossa família à sua desde a Babitonga!