Para
quem ainda não sabe, o Hoje! agora está sob os cuidados do Júlio, amigo que
fizemos tão logo iniciamos o processo de venda. Enquanto estive em São Luiz
para ajudar a trazer o catamarã do Fernando, outro amigo que fizemos por causa
do mar e barcos, o Júlio tinha vindo até a Babitonga para o primeiro contato
com o Hoje! Às pressas passou o barco para seu nome e tão pouco teve tempo de
embarcar para conhecê-lo. Veio uma segunda vez, pois reside em São Paulo e
trouxe um amigo que nunca havia embarcado, e por respeito a ele, não saiu com o
barco, pois aquele não sentiu-se bem. Essa semana, pela terceira vez por aqui,
pôde fazer finalmente seu debut no
Hoje! Pediu-me auxílio para que aprendesse sobre os baixios na saída de Capri.
Nada de anormal, apenas precaução e uma desculpa para não ir sozinho, coisa que
velejador só faz em último caso, como vários colegas relatam.
Como
o barco estava parado o único receio que tivemos era a respeito do motor que
podia não corresponder, ou seja, o carburador pode sujar por falta de uso e o
funcionamento não ser adequado comprometendo a segurança caso ele seja necessário.
Essa hipótese confirmou-se no início e ele apresentou um comportamento dúbio.
Funcionou durante um tempo e depois apagou. Fizemos uma sangria no carburador,
procedimento ensinado por Dom Cesar. Constatamos a posteriori que era mesmo falta de uso pois a sangria resolveu.
Isso foi indicativo que teríamos uma bela navegada de estreia.
Muita
conversa no cockpit e o Júlio mostrando-me orgulhoso todos os pequenos detalhes
que acrescentou ao Hoje! incrementando o barquinho. Com tanta gente zelosa em
volta dele, está ficando vaidoso.
Saímos
pelo canal paralelo ao que o Hoje! encontrava-se, agora ele fica no mesmo canal do Capri Iate Clube, canal esse ainda
mais abrigado que o Iriri. A felicidade e satisfação esteve presente o tempo
todo a bordo e era nítida na fisionomia radiante do Júlio. Apenas orientei no
caminho a tomar, intervindo muitíssimo pouco. Quando dobramos a Ponta das
Galinhas e tomamos o canal principal da baía Babitonga ele domou o bichinho
sozinho, pois tem experiência de anos pela Represa da Guarapiranga. Tomou
consciência me confidenciando que aqui terá um novo elemento presente na
navegada: a maré, uma novidade pra ele. Na prática, é mais um tempero no caldo
para tornar mais saborosa a experiência.
Uma
vez no canal principal Júlio conduziu num través, como é de seu gosto, e pôde
sentir pela primeira vez como é conduzir seu próprio barco no mar pela primeira
vez. Com toda certeza uma experiência memorável e sem sombra de dúvida exaltada
pelo clima perfeito; era a cereja do bolo que faltava. As fotos não me fazem
mentir e dizem muito mais que o mais bem redigido dos textos, acompanhe.
Na
volta podemos presenciar o retorno do grande colega Fabrício com seu belíssimo
clássico de madeira. Em terra ele gentilmente apresentou-se para conhecer
Júlio, curioso dessa nova história feliz que iniciou-se por aqui. Aos poucos
vamos nos aproximando e fazendo mais íntima essa confraria de pessoas que
compartilham desse amor pelas coisas do mar e tem na amizade um laço forte de
solidariedade.
Grande
abraço da nossa família à sua e que os elementos o levem ao porto almejado.
Entrada
do Canal Iriri e em primeiro plano a Ponta das Galinhas
Vizinho ao Hoje! dorme silencioso um trimarã batizado de "Atobá" à espera de um novo dono
Salve, Rico ! Sem palavras para agradecer pela experiência !
ResponderExcluirImagina Júlio, gratidão recíproca!
ExcluirMuito bom Rico!
ResponderExcluirBons ventos sempre!
Abraços!
Luiz e Mauriane
Muito obrigado, pra vocês idem em Trinidad!
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