domingo, 8 de dezembro de 2013

Problemas versus Soluções - Parte II - Bomba Elétrica

A partir da década de 80, no Brasil, devido ao Pró-Álcool, toda gasolina comercializada por aqui foi acrescida de uma porcentagem de álcool, pois este, subsidiado pelo governo, é também mais fácil de obter e é abundante. A gasolina aqui, nunca mais seria a mesma.

            Nosso motorzinho, um Volvo Penta MB2a/50s, fabricado uma década antes, feito para o mercado externo, não foi concebido para receber a gasolina brasileira, acrescida de álcool. O álcool, quando utilizado nesses motores, causa corrosão nas bombas de combustível, dutos de admissão e escape e carburadores. Quem já teve um carro a álcool sabe que tem que trocar o escapamento com mais frequência.

            Foi justamente essa a razão do desgaste da bomba de combustível, originalmente mecânica. Seus micro pistões estavam completamente desgastados. Desmontada a bomba constatamos ser impossível sua recuperação. Fiz então uma varredura em vários distribuidores de peças, inclusive na própria Volvo. As respostas negativas nos obrigaram a adotar outro caminho.

            Cesar, sempre engenhoso, propôs uma bomba elétrica com uma pequena pressão de saída, em torno de 0,3 a 0,5 bar, apropriada à pequena necessidade do motor. Acatei a sugestão e fiz a encomenda.


            Negociação e entrega ótimas, iniciamos a instalação, feita com precisão, com a inestimável ajuda do Cesar.

            Instalamos também uma chave liga/desliga para a bomba, que dá controle sobre seu funcionamento, evitando um hipotético alagamento de gasolina no poceto, medida essa, meramente preventiva.


1. Bomba elétrica instalada,  2. Chave liga/desliga

            A necessidade de combustível fóssil é incrivelmente baixa, notamos que na lenta o motorzinho pode ficar uns 15 minutos funcionando sem alimentação, só “com o cheiro”. Ainda não pude calcular a autonomia do tanque de 25 litros, mas é evidente que beber não é definitivamente a sua praia. Da última experiência da Velejada Noturna também constatei que basta usá-lo em um quarto da aceleração para chegar onde se quer, quando se precisa de um auxiliar.

            As modificações que resultaram em melhorias substanciais e até vitais, não param por aqui, acompanhe a próxima postagem com outras medidas que adotamos para a recuperação desse simpático motorzinho.


            Abraços desde a ilha encantada!


Um comentário:

  1. PESQUISANDO SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA NO MOTOR DO MEU VELEIRO (VELAMAR 24PÉS) ENCONTREI ESTA REPORTAGEM ANTIGA DE VOCÊS. TENHO NO BARCO UM MOTOR VOLVO MB2 50S QUE ESTÁ COM PROBLEMA NA BOMBA DE COMBUSTÍVEL. VI NA REPORTAGEM QUE VOCÊS COLOCARAM UMA BOMBA ELÉTRICA. PERGUNTO, TIVERAM ALGUM PROBLEMA EM DECORRENCIA DESTA ADAPTAÇÃO?

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